De pai para filho.
O conceito estigmatizado de “Atitude” promovido pelo capitalismo, pela mídia de massa, pelos governos e que provoca estereótipos na juventude, sistematizada por ensinamentos e informações que bitolam o crescimento e desenvolvimento do sentido real do significado “Atitude” massificando como Atitude – o jeito de se vestir, do corte do cabelo, do modo de fumar, da música, da dança e que pragmátizam essa juventude desviando-a do verdadeiro conceito e sentido da palavra “Atitude”, encontra respaldo numa sociedade, passiva, inerte, sem concepção de mudança de conceito social e desenvolvimento humano fora dos parâmetros do capitalismo e das religiões massificadoras.
Quando a juventude mais esclarecida, faminta por informações e questionamentos, se rebela, colocando em cheque esse escudo massificador de massas do sistema, prontamente é criada um mecanismo de censura repressor, dificultando a ATITUDE – aí sim o real sentido da palavra – no sentido de mudanças no sistema, conforme o pensamento de melhorias para suas gerações.
Esse conceito maciçamente aplicado no mundo ocidental, desde muito, encontra resistência por parte de setores isolados, principalmente no campo acadêmico e universitário. Foi assim no Levante contra a ditadura brasileira que perdurou de 1964 a 1986 quando uma juventude informada e determinada resolveu contestar e mudar o sistema opressor, repressor, tirano, que os governava. Por essa ATITUDE uma luta foi formada e objetivada em busca de liberdade de expressão, de direitos, de conceitos, de cidadania. No front dessa luta, muitos tombaram, muitos sofreram, famílias separaram-se, mais na perseverança da ATITUDE, o objetivo foi alcançado em prol de um sistema de governo democrático, liberal, justo.
Passados duas décadas e meia desse “Levante”, uma nova geração urgi em defesa de novos conceitos, novos direitos, novas ideias, protagonizando um novo movimento denominado como “Levante Nacional da Juventude” com objetivos diferentes dos que outrora fora protagonizado pela juventude da ditadura, mais com o mesmo sentido de mudanças dentro do seu pensamento de juventude ideal para futuras gerações, buscando em sua luta, um parâmetro de melhor divisão de renda entre todos da sociedade, igualdade de procedimentos entre as raças, diretrizes com direitos e deveres iguais para todos, enfim, um sistema socialista dinâmico, modernizado e capaz.
Mais uma vez essa será uma luta árdua e difícil, como de fato o são todas as lutas. São pensamentos e ideias de uma nova juventude, nova geração que lutará ao Maximo para alcançar seus objetivos.
O “Levante da Ditadura” vingou, porém, não exatamente do modo que se esperava, nem tudo são flores, ainda há muitos espinhos nesse jardim, e é nesse sentido que as novas gerações precisam continuar lutando pelas suas ideias e seus objetivos.
O “Levante da Juventude” protagoniza nos dias atuais por seus militantes, uma luta pela igualdade social, pelo socialismo, pela igualdade de renda e de direitos. Não é tarefa fácil em um mundo ocidental hiper capitalista, mas, essa juventude é tão determinada quanto outrora fora a juventude que lutou pela democracia brasileira e pela liberdade de expressão. Mais uma vez a história dirá os resultados dessa incansável luta em defesa de uma sociedade mais justa e integrada para todos. Fato é que os conceitos capitalistas precisam urgentemente serem revistos, as pessoas estão aceitando cada vez menos as diferenças, desequilíbrios sociais e descasos dos governos. Antes do caos o bom senso.
A juventude sempre será a transformação da vida na terra.
Carlos Honci – Jornalista editor da Vias & Rodovias.